sábado, 14 de agosto de 2010
Do que o amor é capaz?
Estou praticamente casado há exatos dois meses. Sim, é com um cara. Gosto muito dele e posso dizer que temos muita coisa legal que construimos juntos.
Ele era apenas um amigo que foi ficando próximo e eu decidi arriscar pra ver o que dava. Não me arrependo. Em praticamente oito meses de relação, fui me entregando cada vez mais, aprendendo a gostar dele. Enfim: saí daquela lógica estranha de que o amor começa sempre com uma paixão louca, desgovernada e cega pra depois ir se construindo. Agora, tentei o caminho de construção do amor com base em uma amizade precedente.
Quando eu penso por esse lado, parece que é uma coisa sem sal, que eu estou forçando a barra. Mas não é não. É uma história linda! E forte.
Tem tanta força que, por ele, estou realmente disposto a enfrentar um dos meus maiores obstáculos interiores: minha compulsão sexual. Eu não vou ficar analisando as raizes desse meu "lado obscuro" agora. Quero focar na força que está me fazendo encará-lo.
Em todos os relacionamentos que já tive, eu traí. E o fiz apenas porque não sei lidar com o sexo: ele é quem me comanda e não o contrário. Mas isto é por hora. Porque penso seriamente em provocar em mim uma mudança tão profunda que reverta seriamente minha relação com o sexo.
E a vontade de fazer isso vem desse amor que sinto. Não quero, mais uma vez, estragar uma relação tão bacana, magoar outro coração, arrepender-me por ceder a minutos de prazer que não compensam dias, meses e anos de construção pessoal.
Quando ponho tudo na balança, vejo que esse é o caminho. Até mesmo para o sexo. No início, o sexo com ele não era o melhor de todos. Hoje, posso dizer que ele subiu no ranking... ;)
No fim, fica sempre uma ponta de dúvida se o amor é realmente forte o bastante para mudar algo que está tão arraigado em mim. Mas nunca me senti tão disposto a provar que essa dúvida não tem sentido de ser.
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