sábado, 29 de janeiro de 2011

Classificação indicativa sem preconceito


Num dos posts do blog Muque de Peão, o Luciano afirmou que "o caminho das conquistas LGBT no Brasil já está bem desenhado, e passa longe do nosso Congresso dominado por lideranças religiosas atrasadas e pelo fisiologismo vergonhoso. Nossas vitórias serão conseguidas pelo Judiciário".

Quando eu li isso, pensei que era bem provável ele estar certo e agora li um fato que pode ser uma das comprovações dessa teoria.

O Ministério da Justiça está promovendo até Abril um debate - no site Culturadigital.br/classind - que definirá critérios para determinar a idade e o horário de programas de televisão e outras atividades culturais sujeitas a classificação indicativa. Neste tópico aqui, eles estão discutindo sobre o beijo gay.

Como a idéia é captar manifestações da sociedade, seria bom a gente aparecer por lá e dar nossa opinião.

E, a julgar pela frase que inicia o tópico sobre o beijo gay, esse debate está bem favorável a nós: "Um beijo gay e um beijo heterossexual são exatamente a mesma coisa do ponto de vista da classificação indicativa”.

4 comentários:

  1. Há um leitor que postou um comentário muito interessante nesta postagem, mas o mesmo pediu pra não ser publicado (o que eu acho uma pena, mas respeito a sua vontade).

    Depois eu citarei algumas coisas que eu achei interessantes e observações a respeito do que o conteúdo de tal comentário tem a acrescentar. Não faço isso agora por pura pressa, mas estou ansioso para fazê-lo. Então, aguardem...

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  2. Como prometido, vou comentar sobre os acréscimos do tal comentário que citei anteriormente.

    O leitor em questão me chama a atenção para que o Ministério da Justiça, na verdade, é um órgão do Poder Executivo e não do judiciário. E ele está certíssimo! Então, peço desculpas pela confusão! Como ele mesmo disse é importantíssimo dar os créditos a quem realmente merece!

    Depois ele afirma que, na visão dele, o judiciário tem algumas cabeças mais "iluminadas" e que nos garantem alguns avanços mas que, no geral, ele classifica como "ainda muito conservador".

    Entendo o que ele diz e até concordo um pouco.

    É preciso lembrar que este post foi escrito antes da decisão unânime favorável ao reconhecimento da união estável de casais do mesmo sexo. Portanto, ele colocava como caminho mais provável para conquistas LGBT no Brasil o poder Judiciário, mas apenas numa oposição ao Legislativo.

    O poder executivo em si, apesar de promover debates como este a respeito da classificação indicativa, de criar centros de referências LGBTs e tomar outras medidas que nos ajudam, também mandou muita bola fora em questões importantes (lembram do kit anti-homofobia? Eis um bom exemplo!). Assim, dá um passo pra frente e outro pra trás!

    Contudo, é preciso reconhecer quando o governo toma atitudes dignas como essas. Então, podemos bater palmas também para o Executivo, minha gente!

    No final, minha percepção é de que o poder que mais parou no tempo mesmo é o Legislativo...

    Abraços ao leitor em questão e a todos!

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