Com uma semana de atraso, eis-me aqui para falar de uma coisa boa.
Desta vez eu cumpri a promessa que fiz pra mim mesmo ano passado no começo deste blog: fui à Parada Gay de BH.
Eu não sou muito ligado a datas e por isso nem percebi que este blog passou dos 12 meses. Sabendo disso, contei a data da Parada na minha agenda de compromissos e dei um jeito de pedir folga no trabalho pra ir nesse evento.
Com tanta expectativa, o leitor vai ficar pensando que eu sou um militante de carteirinha ou que eu queria pegar geral. Nem um, nem outro.
Eu creio que antes do benefício social da visibilidade da comunidade LGBT, antes da possibilidade do encontro de pessoas sedentas por beijos e/ou sexo, a parada faz um bem psicológico para quem nela vai, na medida em que a pessoa se percebe integrante de um grupo que não é tão minoria assim. Afinal, foram 100 mil pessoas neste evento e uma das cenas mais fotografadas (pelo menos na minha impressão) era a longa multidão que subia a rua da Bahia em direção à Afonso Pena. Eu mesmo me arrepiei. Meu convívio diário é predominantemente entre heteros e estar numa rua tomada pela diversidade sexual da Região Metropolitana de Belo Horizonte me faz sempre sentir que sou parte de um grupo e não um indivíduo perdido cercado de preconceito por todos os lados.
É interessante pensar também onde será que ficam todas essas pessoas durante o restante do ano. No armário de Nárnia? Ou será que estão diluidas na cidade?
Ano passado foram mais de 100 mil pessoas. Mais que a edição desse ano. Mas, mesmo assim, o benefício psicológico que essa relativamente menor multidão causa é forte o bastante.
Fora que teve momentos emocionantes. Durante os discursos no palco instalado na concentração (na Praça da Estação), foi realizado uma renovação do casamento entre Léo Mendes e Odílio Torres. Sim, eles mesmos! O primeiro casal gay do Brasil a formalizar sua união. Se eu soubesse que iria ter festa, eu iria de véu e grinalda, agarrava o braço do maridão que estava do lado e entrava na fila pra ser o próximo... Huahuahua...
Aliás, ir com o maridão foi a melhor solução para evitar falatórios das linguas mafiosas e qualquer suspeita ou desconfiança, além de facilitar minha vida pra resistir à tentações... Afinal, tinha tanta gente linda me olhando que eu parei de olhar pros lados pra evitar de ser mal interpretado. Uma mulher pegou na minha bunda (e nem deixou telefone... rs) e uns dois caras chegaram juntos querendo saber se podiam me "conhecer". Eu só apontava pro maridão de cara brava e eles caiam fora.
Encontrei lá também um grande amigo que fazia um tempo que eu não via. Ele adorou conhecer o maridão, os dois se deram super bem. Ficamos os três juntos a parada toda e depois ainda fomos comer, beber (eu suco e eles cerveja) e papear por mais algumas horas.
Agora tem um outro amigo meu tentando me convencer a ir com ele na Parada de Contagem (uma cidade vizinha que fica na Região Metropolitana de BH). Mas não sou desses que tem pique pra tanto evento...
Assim ó... sem querer plantar a discórdia, mas amigão bebendo cerveja com o marido pode render problema mais adiante... hehehe!!!
ResponderExcluirCaro amigo, eu nunca estive nunca gaysseata... então não tenho muito a acrescentar sobre o assunto... mas se tu curtiu, tá valendo!
Abraços, carinha!
* Fica calmo, Fred. Eu tenho zero % de ciúmes... Até porque, se tiver que rolar uma coisa entre os dois, quem sou eu pra impedir... Antes de tudo são duas pessoas que eu gosto e seria bom que eles estrivessem felizes. Eu sofreria pela perda do marido (só um pouco, pq faço a linha durão), mas a vida segue adiante, né? E como eu não sofro por antecedência, ainda mais se for só especulação, bora viver, né? ;)
ResponderExcluirSobre a "gaysseata" foi muito bacana. Muito mesmo. Ano que vem tem mais! Hehehe.
Grande beijo, my hero!!
Olá meu querido. Saudades deste lugar...
ResponderExcluirPrimeiro gostaria de pedir desculpas pela minha ausência mais realmente tudo esta muito complicado.
Também fui a parada de BH, coincidiu com uma semana que precisei vir para cá resolver uma s coisas e acabei indo. Foi ótima! A parte da confirmação da união do casal Léo Mendes e Odílio Torres foi realmente emocionante.
Pena não termos nos encontrado lá,né.
Mais de fato estava uma tentação...
Está é uma bela luta e o tema deste ano foi ainda mais interessante.
Beijos
Patrícia
* Patrícia, minha linda!!! Quanto tempo!! Saudades dos seus escritos no Kafé Universitário... Mas não sinta essa manifestação como uma cobrança não, tá? Faça tudo ao seu tempo e enquanto isso, ficamos na torcida pra que tudo esteja bem com vc.
ResponderExcluirQue legal que vc veio fazer uma visitinha a essas terras bem na "data mais animada"... hehehe. E bem mesmo que a gente poderia ter se encontrado. Talvez a gente possa ter ficado lado a lado, quem sabe...
Esse ano, foi um evento bem interessante mesmo. Bonito, eu diria.
Beijos e tudo de bom!!
Zero % de ciumes?
ResponderExcluirEntão vc tá morto?!
Sabia que só podias ser alucinação da Além mesmo!
Hehehehe!
Hugz, cara!
* Ah, Fred. Claro que não. Eu só exagerei como figura de linguagem...
ResponderExcluirZero % é muito pouco. Eu só tenho ciúmes do que a pessoa amada sente por outra, mas não fico insistindo demais não. Tem que ter vontade de ficar comigo, né??
Assim, eu não brigo, não dou chilique, não fico com raiva. Detesto competição, aliás. Normalmente eu perco de propósito. Entrego a pessoa amada de bandeja se for da vontade dela. Até porque lutar nesse caso não faz muito sentido...
Por isso, classifico meu ciúmes como 20%. Estou mais real agora?? rs
Abraços!!
* Fala João Pedro ;)!!! Saudades de vc!!
ResponderExcluirDeu uma vontade de fazer uma pequena maldade aqui... PORÉM vou deixar encoberto porque vc não merece. Não foi pela ameaça que vc me fez não tá?? #PorqueEuFaçoSeEuQuiser.
E, se eu te conheço bem e entendi direito, os seus ciúmes são pelo menos 64%... Bem mais que os meus que eu sei... Ah, e eu posso provar, nem discuta!!! Kkkkkkkkkk. Por isso nem vem falar de mim. Huahuahau.
Mas o fato é que achei uma coincidência bacana, só isso!! Vc presenciou o diálogo e, como tem sempre muito barulho, é normal a gente se perder no meio de tanta poluição. O sentido ficou truncado porque nem foi minha intenção dizer o que vc entendeu... É por isso que existem as divergências nas compreensões e eu me preocupo com elas.
O certo é que precisava ser dito porque eu perco amigo mas não perco a piada!!! Tá, eu perco a piada, dependendo do amigo. Mas estes têm que saber que eu os amo pakaray pra fazer tal renúncia...
Enfim, todos sobreviveram e nada aconteceu depois da tal brincadeira... Enquanto isso, tudo ficando cada vez mais real por essas terras... Ah, e mais didático também!!
Pode falar que essa minha saída foi maravilhosa!! rs. A parada está cada vez melhor. Digo pela companhia, claro... Vc sabe que é sempre boa a sua presença também, né?
Obrigado pela visita e grande beijo pra ti, meu caro amigo!!
Uai, Cadê o comentário do João Pedro???
ResponderExcluirVou deixar registrado esses meus dois comentários aqui pra ele ver que eu não deixei de respondê-lo...